Introdução
Átomos de isótopos radioativos sofrem
processos de decaimento espontâneos, podendo emitir radiações ionizantes. O
decaimento beta é um desses processos onde partículas β, elétrons e pósitrons de alta energia, são
emitidas através de dois tipos de decaimento.
Fig.1: Diagrama de Feynman para
decaimento
O decaimento β+ é descrito pela equação:
Os neutrinos
são difíceis de detectar, porém é muito mais fácil fazer a contagem de elétrons
e pósitrons incidindo-os em direção a um detector. Dessa forma, o experimento é
realizado a fim de guiar as partículas β emitidas pelos isótopos, através de um campo
magnético transverso.
Objetivo
Detectar e medir as partículas beta (elétrons ou pósitrons emitidos) em diferentes valores de campo magnético.
Objetivo
Detectar e medir as partículas beta (elétrons ou pósitrons emitidos) em diferentes valores de campo magnético.
Procedimento
Experimental
1 Fonte Radioativa Na-22, 74 kBq;
1 Fonte Radioativa Sr-90, 74 kBq;
1 Contador Geiger-Muller;
1 Fonte de Alimentação Universal;
1 Multímetro digital;
1 Medidor de Tesla digital;
1 Sonda Hall.
A
configuração do experimento é mostrada na figura abaixo:
A medida que o campo magnético é
variado, é realizada uma contagem das partículas beta por um intervalo de tempo de 10s para ambos
os isótopos.
Resultados e Discussões
A energia
cinética dos elétrons é medida a partir do seu desvio de trajetória ao
atravessar a região do campo magnético.
A força de Lorentz sobre os elétrons
é uma força centrípeta.
Da relatividade, temos que a energia
total do elétron E, é igual a sua energia de repouso E0 mais sua energia cinética Ec :
Com um raio r = 50mm fixo, pode-se
encontrar as energias dos elétrons em relação a intensidade de B.
A calibração do espectrômetro é feita
fazendo a relação entre a corrente da bobina com a energia da partícula.
A taxa de contagem por período de
medida de 10s é determinada em diferentes intensidades do campo. Essa medida é
registrada para ambos os isótopos.
A energia de decaimento Ez
é a soma das energias da partícula beta e do neutrino. Como os neutrinos não
são detectados neste experimento, ocorre uma distribuição contínua de energia
para qual todos os valores entre 0 Ez ocorrem.
Usando a reta de calibração e a
frequência de partículas β que atingem o contador, obtêm-se o espectro β para
os dois isótopos:
Sr90
Sr90
Eb | N/10s^-1 |
2,39E+20 | 42 |
1,57E+21 | 88 |
5,04E+21 | 175 |
5,42E+21 | 210 |
6,08E+21 | 257 |
1,03E+22 | 288 |
1,40E+22 | 299 |
1,75E+22 | 302 |
2,18E+22 | 241 |
2,48E+22 | 213 |
2,90E+22 | 178 |
Na22
Eb |
N/10s^-1 |
2,39E+20 | 57 |
1,57E+21 | 100 |
5,04E+21 | 133 |
5,42E+21 | 135 |
6,08E+21 | 90 |
1,03E+22 | 55 |
1,40E+22 | 42 |
1,75E+22 | 33 |
2,18E+22 | 38 |
2,48E+22 | 32 |
2,90E+22 | 33 |
Onde Eh é a energia de decaimento mais frequente. Uma característica dos espectros β é que Eh é sempre igual a um terço da energia máxima, ou seja, é igual a Ez/3.
Calculando Eh para os
isótopos de Estrôncio e Sódio:
Conclusão
Através da contagem das partículas beta, foi possível obter a energia de decaimento mais frequente para os isótopos de Estrôncio e Sódio.
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